"Não tente me desvendar...quando escrevo sou voce, sou aquela...sou várias. Posso te surpreender quando pareço óbvia e ser óbvia quando pareço estranha" SGiudice
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terça-feira, 15 de maio de 2012
Estamos vazios de dias cheios....
Sto.Agostinho em sua obra "Confissões" (escrita entre 397 e 398) expressa a dificuldade de definir o tempo. O que é o tempo?
"Se ninguém me perguntar, eu sei!. Se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei!"
Para Sto. Agostinho, o tempo existe em função da experiência pessoal de cada um.
Quando estamos em um hospital à espera de notícias da saúde de um ente querido, as horas demoram a passar...
Ao mesmo tempo, quando estamos vivendo um grande amor, com hora marcada para nos despedirmos para uma viagem, como as horas voam....
Não seria a idéia do tempo, então uma questão subjetiva?
Na Grécia antiga, surgiu a referência de Chronos e Kairos. Chronos refere-se ao tempo no sentido quantitativo, linear, cronometrado. Kairos diz respeito ao tempo no sentido qualitativo, psicológico.
Vivemos ocupados, preocupados, ansiosos, apressados, com a cabeça sempre lá....E se eu não chegar? E se eu não conseguir fazer? E se não der tempo? E se acontecer isso ou aquilo....e se....e se....
Existe uma pressa em aproveitar cada segundo exatamente por saber, que ele corre e não nos espera.
Como fazer então para que o tempo seja nosso amigo?
O tempo disponível em nossa vida, bem sabemos é irrecuperável.
Estamos investindo com sabedoria ou estamos simplesmente vendo a vida passar?
Estamos com os dias cheios de sentido, e o coração vazio de mágoas e ressentimentos?
As horas passam, os dias, os meses felizmente para uns e infelizmente para outros....
Os fatos vão acontecendo involuntariamente e o ideal é acompanhá-lo sem perder o rumo traçado para alcançar o que desejamos, mas tendo claro que no meio do caminho, podemos ser surpreendidos com as mudanças.
Tornar as mudanças, os desvios, os atalhos, nossos aliados também é um meio de mantermos a saúde do nosso corpo e da nossa mente.
Segundo Fernando Pessoa o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem...
Aproveitemos com prudência e sensatez nosso tempo , porque é ele também que acaba de deixar o leitor mais velho ao chegar ao fim desta linha.....já diria Mario Quintana!...por SGiudice
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