Será que os "bullyings" são por instinto realmente pessoas cruéis?
Acredito que todos nós somos indistintamente luz e sombra. No decorrer de nossa existência, de acordo com as possíveis oportunidades de relacionamento família-escola-amigos, vamos reforçando certos aspectos de nossa personalidade. A família é o berço de nossa primeira formação.
Não é nenhuma novidade o fato de estarmos vivenciando esses casos de discriminação com relação a um escolhido, geralmente mais fraco, retraído, tímido... Sempre existiu "aquele" que era o alvo de brincadeiras e ironias. O gordinho ou a gordinha da turma. Os "nerds", os magrinhos... o vesguinho...
Acontece que na maioria das vezes essas gozações não eram reforçadas e paravam por aí. Em alguns casos, talvez mais sérios, se estendiam e a própria pessoa que sofria o ataque, por não superar esses conflitos, necessitava até de um acompanhamento terapêutico para livrar-se desses desconfortos emocionais.
Hoje não! A coisa tornou-se mais séria, com conseqüências extremamente desastrosas. A agressão é gratuita. A falta de humanidade é alarmante. Onde vão parar esses jovens? Qual o futuro de um homem que se diverte vendo o sofrimento de um outro ser que nunca lhe causou mal algum?
Como continuar assistindo placidamente ao ataque e à fúria desses jovens, de braços cruzados?
Somos responsáveis, sim, e devemos zelar pela continuidade saudável de nossa espécie.
Um ser chamado de humano não deveria ter atitudes desumanas e muito menos conviver entre humanos.
Acredito que somos todos um pouco responsáveis pela semente que estamos vendo brotar e no fruto que amanhã ele se transformará. Nossos exemplos são a "chave mestra" para despertar o lado bom que todos nós indistintamente como filhos do Criador possuímos.
Esses autores frequentemente pertencem a famílias desestruturadas ou de pouco relacionamento afetivo, ou pais que exercem pouca ou nenhuma supervisão, com extrema tolerância, ou até sua ausência no dia-a-dia, nas carências, dúvidas, medos e impasses tão comuns de qualquer jovem. Enfim, negligência, omissão, acomodação dos responsáveis são fatores que se somam à formação e ao caráter violento desses jovens anti-sociais.
Como educadores e pais precisamos estar alertas na nossa participação responsável em educar e preparar esses jovens, não somente no aspecto formativo, profissional e competitivo do mercado de trabalho, mas principalmente auxiliando emocionalmente, estando mais "presentes" na vida de nossos filhos e alunos.
Numa época em que ninguém quer perder tempo torna-se imprescindível dedicarmos um "tempo" para direcionarmos o nosso olhar para esses jovens. Muitas vezes, apenas ouvi-los e mostrar que nos preocupamos com eles, pode ser a mão estendida que pode salvar aqueles que disfarçadamente clamam por atenção! ...
Silvana..excelente assunto...mas temos informações que os alimentos "fast",as poluição geral,a TV, mídia,jogos na internet e etc influenciam MUITO o comportamento das crianças/jovens de hoje... infelizmente seriam necessárias muitas mudanças de hábitos até as morais e espirituais...
ResponderExcluirRô vc falou algo muito relevante. Os hábitos de nossos jovens são de longe muito diferente daqueles que tivemos. A modernodade ajudou muito, mas como tudo na vida, "tem um preço"....esse está sendo caro" A espiritualidade ainda é a salvação no meu ponto de vista!!!!
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