SGiudice
O desejo está relacionado a vontade de provar, explorar...
Relacionado a ciência, seria então o" impulso centrípeto que degusta o ser desejado para depois se autodestruir" ?
Enquanto o amor se perpetua o desejo apenas prova?
E quem garante que mesmo com amor o desejo se perpetue?
Acredito nos desejos efêmeros que nascem e morrem em apenas uma noite de instintos satisfeitos...
Acredito nos desejos que extinguem-se como água jogada ao fogo e que trazem o vazio, a insatisfação, o tédio, mas não acredito no amor que com o passar dos anos encerra o desejo na convivência fraterna, sem toque, sem carinho, sem contato....
É certo que com o tempo o amor se transforma e a frequência das relações sexuais diminuam. Afinal, não amamos o ano inteiro, o mes inteiro, aliás não amamos 24 horas por dia, o que dirá uma vida inteira.
Se não somos seres lineares, previsíveis, satisfeitos com a nossa convivência íntima, quando compartilhamos o mesmo espaço com o outro esta aprendizagem ser torna ainda mais complexa. Entretanto é importante que ainda se sinta desejo, vontade, excitação pela pessoa que escolhemos para viver ao nosso lado, mesmo que esta chama às vezes enfraqueça. O que não podemos é deixar que esta chama se apague por completo e achar isso "natural".
Quando o sexo acaba ou deixa de ser estimulante, o amor é irremediavelmente abalado e como tal, deixa de ter o significado que desperta os sentidos e que faz com que a gente se sinta vivo.
Perdoem-me os acomodados, mas amor sem desejo eu aceito nas Confrarias, nas Irmandades...
O tocar, o roçar, o deslizar, o apertar é o éter sublime celestial que mantém o casal unido e que nem sempre precisa terminar nos lençois e muito menos na cama ...
O amor precisa de mudanças de temperatura, do calor excitante à brisa calmante...
O amor precisa de umidade, de fragância, de endorfina...O amor é anseio, é quimica!
Se dizes que me amas, mas com o passar dos anos deixas de me desejar....que então me desejes a vida inteira, sem que eu ouça jamais de ti a frase: Eu te amo!
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